mercado imobiliário

Como está o mercado imobiliário após o auge da pandemia?

Entenda o que aconteceu depois de um ano da pandemia de Covid-19.

A pandemia do coronavírus, determinada oficialmente em março de 2020, trouxe muitas mudanças para o mercado imobiliário. A princípio, com base em uma análise feita no final de 2019, era esperado um ano muito próspero.

No começo do ano, com os casos focados mais na Europa e na China não houve tanta preocupação.

O vírus, no entanto, fez mudar esta análise depois de março, indo de um cenário positivo para algo mais neutro e até negativo.

Apesar disso, ainda no final do ano anterior, o setor vivenciou bons momento, sendo um dos primeiros a dar a volta por cima.

Uma das causas, inclusive, poderia ser justificada pelo próprio home office, alternativa encontrada pelas empresas para manter o distanciamento social e continuar funcionando.

As pessoas agora preferiam conforto, focando em apartamentos à venda com um cômodo extra para o escritório e espaço para as crianças brincarem.

Mas, não foi apenas isso que se alterou. A forma como imobiliárias e corretores atendem aos seus clientes também trouxe novidades. Entenda como está o mercado imobiliário após o auge da pandemia.

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Necessidade de mais espaço

Apesar da chegada da vacina e da melhora no setor de saúde, a maioria das atividades ainda continuam sendo feitas direto de casa. Muitas empresas atendem presencialmente e também online.

Com isso, as pessoas não precisam mais sair para ir ao trabalho e a ideia de um imóvel pequeno, usado apenas para dormir deixou de ser agradável.

Por outro lado, a busca por mais espaço, cozinha ampla, sala, quartos extras e jardim aumentou bastante.

Seja para alugar ou comprar, houve a necessidade de um ambiente que atendesse essa necessidade, ou seja, a procura por casas e apartamentos até diminuiu no começo da pandemia, mas logo voltou ao normal e até cresceu.

Queda da Taxa Selic

Outro fator que contribuiu e ainda vem afetando positivamente o mercado imobiliário foi a queda da Taxa Selic.

Como ela é responsável pela alta ou baixa dos juros dos bancos, quando esta em baixa garante mais facilidade de acesso aos financiamentos. Quem optou por comprar imóveis, mesmo na pandemia, viu uma boa oportunidade.

Quando a pandemia estava em seu auge, era esperado menor interesse pela aquisição da casa própria.

E isso realmente aconteceu no primeiro semestre de 2020, porém, como a Selic manteve-se em baixa, no segundo semestre do ano passado e no primeiro de 2021, muitos decidiram que valia a pena se arriscar e comprar a tão sonhada casa.

Imóveis como investimento

Outra mudança importante no mercado imobiliário, que ainda está em alta, é os imóveis sendo vistos como um investimento seguro.

Como o mundo todo vivenciou uma crise (econômica e de saúde), alguns investimentos que até 2019 eram interessantes e seguros passaram a serem duvidosos.

Por outro lado, os imóveis se tornaram atrativos, inclusive os de luxo. Seja comprar para viver um tempo e revender após valorizar ou aproveitar para obter uma renda extra por meio do aluguel. Sem contar a possibilidade de investir diretamente nas construtoras.

Retomada das atividades presenciais

É esperado que ainda em 2021 ocorra a retomada das atividades presenciais, mesmo que de forma gradual.

Em algumas cidades, a bandeira amarela tem predominado por longos períodos, o que significa que, com menor ocupação das UTI’s, é permitido que o comércio funcione em horário normal.

O resultado esperado pelo mercado imobiliário com esta retomada é o aumento na procura dos imóveis comerciais, seja para compra ou aluguel.

Se no ano anterior as casas e apartamentos (de médio e alto padrão) estiveram entre os mais procurados, os imóveis comerciais observaram queda no interesse. Agora é esperado que isso mude.

Alteração dos escritórios

Se analisarmos a parte positiva da pandemia é que, em alguns setores, ela mostrou que o home office funciona muito bem e é mais econômico para as empresas. Assim, mesmo com as vacinas e retomada do modo presencial, o setor imobiliário espera mudanças para alguns escritórios.

Antes do coronavírus, havia a necessidade de grandes espaços, com todos trabalhando de segunda a sexta (ou segunda a sábado) presencialmente.

Agora existe uma tendência de que o escritório passe a ser apenas um espaço de confraternização, para reuniões, seja com os funcionários ou com os clientes.

Então, corretores e imobiliárias já esperam que cresça a busca por salas comerciais menores e até mesmo o interesse na compra de imóveis para a abertura de coworkings.

Novo modo de fazer vendas

Apesar de muitas das mudanças estarem relacionadas com o consumidor, não foram apenas os interessados em comprar, alugar ou vender imóveis que tiveram que se adaptar nesta pandemia.

As imobiliárias e os corretores também aprenderam muito e descobriram um novo modo de fazer vendas.

Em breve é provável que os encontros presenciais passem a ser mais constantes, mas desde de 2020 o distanciamento social era regra.

Assim, o uso das redes sociais e o auxílio ao cliente por meio da internet aumentou bastante. As conversas até poderiam acontecer por vídeo, limitando o encontro ao vivo apenas para o momento de fazer uma visita e conhecer a casa ou apartamento no qual estão interessados.

Exatamente por isso foi preciso inovar, não apenas na abordagem a estes clientes, que chegaram muito mais pelo site e pelas redes sociais, mas também em como fazer as divulgações. O marketing digital foi de muita ajuda neste momento, com a inclusão de conteúdos atrativos e até novidades, como os tours virtuais.

Por meio dos tours virtuais, curiosos já eram descartados no próprio site, enquanto os que estavam verdadeiramente interessados na compra podiam conhecer melhor o espaço sem sair de suas casas.

Foco no médio prazo

Como tudo vem acontecendo com calma, o mercado imobiliário tem optado por projeções mais próximas, com foco no médio prazo.

Geralmente a análise sempre considera o semestre ou trimestre seguinte e tem como base o que aconteceu no período anterior.

A ideia é ter cautela e trabalhar com previsões de um cenário mais neutro. A melhora no setor já ficou clara ainda no auge da pandemia, então, é normal esperar por mais boas notícias para o mercado imobiliário.

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Gilson Rodrigues de Siqueira
Gilson Rodrigues de Siqueira
Formado em enfermagem, pós graduado, palestrante em dependência química, diretor e proprietário da Brasil Emergências Médicas, Visão Tattoo e escritor nas horas vagas.

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